Manhãs Geladas de Céu Azul: Sobre Nostalgia, Beleza e Conexão Divina
Gosto dessas manhãs geladas de céu azul.
Sabe aquele céu sem nuvens, de um azul tão límpido e profundo, que nos convida à reflexão?
A vastidão profunda do firmamento, envolvente, me é irresistível. Ideia sublime da natureza bela.
Mas esse céu não seria o mesmo, sem o vento suave. Suavemente frio… E uma delicada combinação de temperatura, toque, luzes e cor. Eis o verdadeiro sentimento da Nostalgia.
Nostalgia, para mim, é melancolia. Há tristezas boas de sentir; tristezas esperançosas, que inspiram e nos conectam não só com nós mesmos, mas com algo bem maior que nós.
Tudo isso me deixa absorto em deliciosas e despretensiosas lembranças de um tempo passado e sonhado, que preenche o coração de vida. A Beleza? É isto: o poder de transformar a Tristeza em Vida.
É como se eu fosse parte dessa paisagem divina, como se o tempo não existisse, ou se o tempo fosse simplesmente parte mim, e eu me tornasse eterno, naquela imensidão azul, e a angústia da vida se dissipasse no fluir do vento, que traz a esperança e carrega as frustrações…
Penso numa porção de coisas, como se eu pudesse, de dentro mim mesmo, ter um vislumbre da vida toda.
É assim que nos comunicamos emocionalmente... com Deus?…
Manhãs assim, de céu azul e vento suave, são uma poesia não escrita. Cada uma delas me convida a olhar para dentro e para fora, onde a criança que fui se encontra com o homem que sou e serei. E, nesse encontro, descubro um fragmento do belo mistério que é viver.